Parece piegas repetir esse discurso de que o exemplo é o ato mais importante na educação dos nossos filhos, mas acho que falar sobre esse o assunto é sempre válido!
E agora com os filhos na pré-adolescência, ando notando bastante que o hábito deles agirem como eu e o pai agimos é muito mais corriqueiro, e mais consistente do que a atenção às nossas falas.
Um exemplo que aconteceu há um tempo foi quando eu e meu filho de 10 estávamos em frente ao sinal de pedestre esperando para atravessar a rua. O sinal estava vermelho para nós, mas não havia nenhum carro por perto. Hesitei então em atravessar, quando meu filho segurou minha mão e falou: “Não, mãe! Ainda está vermelho, olha!”
E nesse momento percebi o quanto agir de acordo com meu discurso é ainda mais importante nessa fase, pois eles estão muito atentos e embora eu achasse que não teria problema atravessarmos naquele momento, isso não era condizente com a orientação que dou a eles: “ Só atravesse quando o sinal de pedestre estiver verde”.
“Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”
Segundo o filósofo Mario Cortella, essa frase não funciona quando se trata de educação. Ele explica que ética não é uma questão de estabelecer um código sobre o que é adequado e o que não é, mas uma reflexão a respeito do porquê você faz aquilo que faz. É necessário se questionar se o que fazemos é bom para todos ou se é apenas bom para mim e pode prejudicar os outros.
Não adianta dizer pra os filhos serem honestos se você fura fila, ultrapassa pelo acostamento, quer levar vantagem em tudo.
Exemplo X Direitos
Sabemos que as regras e direitos em uma família não funcionam como uma democracia. É claro que as crianças não vão poder dormir no mesmo horário dos pais, assistir os mesmos programas, filmes, etc.
Porém, a partir da pré-adolescência eles começam a observar muito mais os costumes dos pais e encarar as orientações com senso crítico.
Um exemplo é quando pais que ficam o dia todo no celular e pedem para o filho não usar o aparelho. Eles entendem que não podem ter o acesso só somente porque são proibidos, e não porque o uso descontrolado pode fazer mal a ele.
Então a melhor coisa é conversar e encontrar um equilíbrio para que entendam que nós pais só queremos o bem deles, e é claro queremos que eles sejam pessoas corretas, como foi ensinado e demonstrado por todos da família.
E assim, nós pais seguimos com nosso aprendizado diário, com a grande missão de formar cidadãos de bem para o nosso mundo.