Este não é um post pra falar especificamente do jogo Baleia Azul, que está nos deixando assustados, principalmente diante dessas manchetes mostrando o aumento de suicídios entre os jovens em diversos países (inclusive alguns casos sendo investigados aqui no Brasil), mas sim, para refletirmos um pouco sobre que o que está acontecendo com essa geração de jovens, e como podemos proteger nossos filhos de males similares e este.
Do que se trata esse jogo?
Pelo que pude entender, pois há conflitos de informações em algumas fontes, esse jogo que surgiu na Rússia (Blue Whale), começa quando o jovem entra num grupo onde será proposta ao novo membro uma série de desafios, envolvendo cortes no braço, e outras situações de risco como se posicionar em borda de telhados, pontes, e por aí vai até chegar ao desafio final, o suicídio.
Ouvi no whatsapp um depoimento, que infelizmente não posso comprovar a veracidade, que demonstra que não apenas jovens deprimidos chegam ao Baleia Azul, alguns acabam entrando no grupo através do Facebook sem saber direito do que se trata, e depois acabam sendo chantageados a cumprir os desafios, sob ameaças de que os administradores conhecem tudo sobre a família do jovem, e podem colocá-los em risco caso não cumpram as regras do grupo.
Hoje sabemos sobre o Baleia Azul, amanhã poderá existir outro jogo, o que podemos fazer para evitar que isso envolva nossos filhos?
Primeiramente, podemos observar que:
De forma geral, os jovens dessa geração estão solitários, e apesar de estarem conectados e num universo cheio de “amigos”, muitos não conversam, não se expressam, e buscam preencher esse vazio com coisas digamos assim, não muito sensatas.
Mas meu filho ainda é criança, devo conversar com ele sobre esse jogo?
A resposta é sim, e embora eles possam nunca terem ouvido falar (como me disseram aqui em casa), os pais devem deixar claro que esse tipo de jogo só vai trazer sofrimento a ele mesmo e a família. E posso afirmar pra vocês que, se vocês têm filhos pré adolescentes que assistem canais do youtube, certamente eles já assistiram a vídeos onde alguns youtubers propõem e cumprem desafios bestas e insensatos, e alguns extrapolam a brincadeira e chegam até o sofrimento ou envolvem situações de riscos deles mesmo ou de outras pessoas.
A gente acha que isso nunca acontece ao nosso redor, mas há um tempo, uma amiga minha, que por sinal é uma mãe presente e cuida muito bem dos filhos, me contou que descobriu que seu filho de 13 anos (um menino que conheço e considero muito querido e bacana) acabou aceitando um desafio dentro da escola, o “desafio da dor”, onde ele espirrou um desodorando aerosol bem rente a sua pele, provocando uma queimadura. Veja o depoimento:
“Observei várias marcas de queimadura na mão do meu filho e perguntei o que era, pois pareciam queimadura de cigarro. A conversa foi longa e não foi imediatamente que ele explicou tudo que havia acontecido e mesmo assim não houve uma explicação lógica do motivo que o levou a entrar nesse desafio que aconteceu na escola. Fiz o teste em mim e realmente a dor é muito grande. e meu filho tinha suportado aquilo”.
É fato que pré-adolescentes e adolescentes adoram desafios, adoram testar e ultrapassar limites (muitas vezes do bom senso), por isso deixe claro desce cedo para o seu filho:
- Desafios podem ser legais e divertidos, mas que ele jamais deve se submeter ou incitar alguém a se sujeitar a um desafio que envolva dor, ou riscos de morte. Diga que isso não é nada inteligente e não condiz com a pessoa que ele realmente é.
- Nenhuma ameaça do tipo “se você não fizer isso vou prejudicar sua família” ou “se você contar pra alguém vou acabar com sua família, pois eu sei tudo sobre ela” deve ser omitida dos pais. Pois essas pessoas são criminosas, e muitas vezes elas nem têm o poder que dizem ter. Uma ameaça nunca deve ser mantida em segredo, ela deve ser comunicada aos pais, que comunicarão a polícia, que dará as devidas instruções para que todos se mantenham seguros.
Enfim, permanece o que sempre digo aqui: conversem muito com os filhos, nunca deixem uma atitude suspeita passar batido como se fosse “coisa da idade”. Não deixe que aquela suposta barreira do diálogo que surge na adolescência te impeça de continuar tendo um relacionamento claro e transparente com eles. No mais é estarmos sempre atentos, e pedir ajuda de amigos e profissionais sempre que precisarmos.
Cy
a reflexão é importante e séria
precisamos MESMO falar sobre o assunto.
SEMPRE
A isa esses dias disse que uma menina q ela nao conhece add no Whatsapp e q na hora ela excluiu.
Depois descobriu q era a prima de um amigo da escola, mas ela mesma disse: se nao me conhece pra que me add?
bjs
Lele
Adoro vir aqui pois tem sempre conteúdo e esse post você deixou bem claro, que devemos estar atentos ao nossos filhos sermos pais e amigos. Aqui sempre to conversando e sempre procura deixar as conversar bem claras mostrando o lado negativo e positivo. Obrigando a pensar mais nas atitudes antes de tomar qualquer decisão. São novos mas temos que prepara-los para tudo nesta vida .
Obrigada pelo post Cy.
bjão
Dri 🙂