Há alguns dias assisti a palestra da Melinda Blau, no Seminário Mãe também é gente da revista Pais e Filhos. Sim, ela é a autora do bestseller A Encantadora de Bebês, que confesso não ter utilizado como guia quando meus meninos eram bebês.
Entretanto, sua fala desta vez foi voltada para as relações familiares, em torno dos preceitos de seu outro livro, A Encantadora de Famílias. Ela propõe que as relações com a família devem funcionar como uma cooperativa, onde todos, inclusive as crianças, tem responsabilidades nas tarefas e decisões na casa.
Esse conceito me pareceu instigante a ser mais desenvolvido em casa, principalmente agora que os meninos já estão com mais de 8 anos, já estão mais independentes e conscientes com seus compromissos, e penso diariamente que preciso delegar ainda mais responsabilidades na rotina da casa. Mas aí, ela veio com uma pergunta avassaladora que atingiu o ímpeto do meu ego:
Você está disposta a abrir mão do controle?
Refleti sobre a pergunta e acabei me dando conta que embora eu desejasse muito a maior colaboração de todos aqui em casa, e mesmo diante da cordial disponibilidade deles para isso, por diversas vezes eu mesma acabei impedindo que isso acontece, indiretamente através desse apego ao comando de tudo (é o famoso “deixa que eu faço, pois faço melhor).
A renúncia ao controle poderia diminuir minhas frustrações em casa relativas a “guerra das tarefas,” como citou Melinda na palestra. Pois se alguém da casa deixou de realizar alguma função não estaria me desapontando, não estaria deixando de me fazer um favor, estaria descumprindo seu papel na administração da casa, como uma cooperativa.
A autora coloca que a mãe não deve se comportar como a chefe da casa (nem nenhum outro membro da família), mas sim como uma guia, seguindo sempre os fundamentos desta sigla: REAL (responsabilidade, empatia, autenticidade, liderando com amor).
Como uma cooperativa a família deve conversar e distribuir as responsabilidades entre todos. Permitir que o filho colabore é retirá-lo do status de “rei da casa”, e a mãe também abrir mão deste reinado, isso igualmente só fará bem a eles, pois eles são capazes de lidar com mais coisas do que imaginamos.
Enfim, ainda não li o livro, mas me interessei pelo assunto e quero ler! Embora ache que todo método é falho, e que seguir manuais de vida não funcionem para todos, penso que alguns desses conceitos podem sim ser interessantes para melhorar a relação em casa, e criar filhos mais responsáveis para o futuro. Quero cada dia mais atribuir responsabilidades aos meninos aqui, e ir tentando abrir a mão um pouco dessa afeição ao controle de tudo…
OBS: Muito obrigada a Lillo do Brasil pelo convite do Seminário, a Pompom pelo delicioso almoço, e a minha amiga Lelê pelo convite e companhia.
Linda!!!
quando vi o titulo pensei:
1. remoto? NEM A PAU (hahahah #brinks)
2. Pegou no ponto CERTO
Obrigada vc pelo post e reflexoes e pelo carinho e cia
bjaaao
Le
Não sei se ainda estou preparada para delegar as funções e deixá-los que eles executem sozinhos. Eu tento mas não consigo. Já me peguei pensando nisso em outras ocasiões, do tipo "eu preciso deixar que eles concluam algo que mandei fazer" eu não sei se por dó ou sei lá o q eu NUNCA consigo deixar eles concluirem nada acredita?
beijos Mona
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