Os jogos eletrônicos são a ruína desta geração. Será?

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Primeiramente gostaria de iniciar esse post esclarecendo que não tenho nenhuma parceria com qualquer marca da indústria de games que pudesse ter me conduzido a opinião que emitirei logo mais. Porém, os últimos acontecimentos e notícias que li a respeito de incidentes com jovens, que foram diretamente/indiretamente relacionados com o uso de jogos eletrônicos, me fizeram refletir sobre o assunto, e passar aqui para perguntar pra vocês, será mesmo que os jogos são os grandes vilões?

É claro que alguns jogos são demasiadamente violentos e de mau gosto, em minha opinião poderíamos evitá-los, e sempre procurar seguir as recomendações de faixa etária indicativa para cada um. E evidentemente que o tempo excessivo de uso é prejudicial sim, a saúde de crianças, adolescentes e também de adultos, assim como não é bacana que um bebê passe boa parte do dia olhando para um tablet assistindo a galinha pintadinha. Crianças precisam diversificar suas atividades, brincar, criar, ouvir música, correr, dançar, pular, se exercitar, etc…
Mas devemos aceitar que hoje em dia existe toda uma mudança de cenário em relação a infância que tivemos, e essa transformação favorece essa grande paixão destas crianças e adolescentes pelos games. Primeiramente pelo fato notável de que, em raras exceções, as crianças não podem mais brincar na rua.  Outro fato é que elas têm menos irmãos para brincar e se relacionar do que tínhamos em gerações passadas.  Em geral, vivemos em prédios, onde suas relações sociais reais se restringem a grupinhos em pequenas áreas de lazer de condomínios, e outras atividades de lazer das crianças costumam depender da disponibilidade dos pais para o transporte, coisa que nem sempre é possível. Ou seja, precisamos aceitar que de forma geral, nossas crianças e adolescentes estão mais solitários do que antes, e que o interesse pelos games possa ter certo papel nas relações deles com os outros de sua idade, muitas vezes virtualmente.
Sobre o jogo Pokémon Go, que foi bem criticado por um grupo de mães, alegando como motivo se tratar de “coisa do demo”. Preciso dizer que aqui em casa esse jogo foi uma coisa muito bacana que me aproximou mais ainda do meu filho pré-adolescente. Claro que tomamos os cuidados relacionados aos perigos da distração que poderiam favorecer roubos e acidentes na rua, como já disse num outro post, penso que toda ferramenta tem dois lados e tudo vai depender de como ela será utilizada.
E sobre o incidente com o adolescente de 13 anos, que morreu após um desafio de uma brincadeira deplorável chamada “Shoking Game”, onde o desafiado tenta cessar a respiração para provocar tontura, desmaios, etc…Precisamos entender que a causa da morte não foi o jogo eletrônico, como foi insinuado primeiramente pela imprensa, e sim a ideia esdrúxula desses jovens de praticarem tal “brincadeira”
Por isso repito aqui o que falei num post no FB, aproveitem esse triste acontecimento (o qual expresso meus sinceros sentimento a família), e conversem com seus filhos sobre isso, questionem sobre o que eles acham dessa brincadeira e da possível consequência, salientando que com a vida não se brinca!
 
Deste de muitas gerações, adolescentes querem se afirmar frente aos amigos, e cometem coisas estúpidas e impensadas, eu mesma já fiz besteiras quando fui uma, embora nenhuma delas tivesse colocado minha vida em risco, mas hoje em dia, os conceitos relacionados aos valores da vida e do ser humano parecem ter se extraviado ainda mais, então como eu já disse aqui outra vez, essa geração está aqui pra dar mais trabalho pra gente mesmo!
 

Conversem muito com seus filhos, mostrem as consequências que atos estúpidos como algumas “brincadeiras” podem gerar, saiba quem são seus amigos, reais e virtuais, o que pensam, o que gostam de fazer, sempre que puder traga-os para sua casa e observe! (parece que estou montando um programa de espionagem de pais/mães, mas o bom senso nos dirá a dosagem dessas ações, ou não rs). No mais, amigos pais e mais, é ter fé de que as influências internas vão sobrepor as externas, e que nossos filhos possam crescer pessoas de bem, se relacionando, jogando, se divertindo dentro dos limites da segurança, assegurando sempre sua saúde física e mental.

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