10 anos de maternidade: o que muda?

Em 20 junho de 2006 nascia um pequeno torcedor franco-brasileiro, 
     considerado por todos de sua família o joelhinho mais lindo do mundo!
 
Há exatamente 10 anos, nascia meu primogênito Thierry! Era um bebê tão lindo daqueles que a gente olha e fica se perguntando “como conseguimos fazer essa coisinha tão perfeita?” (Tá, eu sei que toda mãe acha isso rs…)
 
Era época de copa do mundo, e logo nos seus primeiros dias de vida seu nome já causou polêmica entre os conhecidos: “Mas ele tem o nome do jogador que tirou o Brasil da copa?” Até então, eu nem conhecia o tal jogador, e o nome já estava escolhido faz tempo, mas era inútil tentar explicar rs,  e até hoje ele ouve: Thierry? Igual aquele jogador, né? Mas o importante é que, embora ele não curta tanto futebol, ele adora o próprio nome!
 
Com um mês ele nos pregou um susto enorme com uma má formação congênita (estenose hipertrófica do piloro), que prolongou minhas angústias (e também do pai, claro!) durante uma semana até o diagnóstico. Foi um sofrimento tremendo entregar um bebê de 40 dias para o centro cirúrgico, meu leite secou, mas graças a Deus ele se recuperou muito rápido (o leite acabou voltando também), e hoje ele é uma criança perfeita e sadia.
 
Mas vamos ao foco do post? O que mudou em 10 anos de maternidade: 
 
Confiança: essa claro se fortalece a cada ano na vida de uma mãe, e fugindo do convencional, eu gosto de ouvir opiniões alheias, principalmente agora nessa nova fase de pré-adolescência. Porém, procuro visualizar que cada um tem uma realidade diferente, e nas decisões tento prevalecer uma misturar de informação, experiências transmitidas, e sobretudo ele: o meu instinto.
 
Cuidado: já é claro pra mim que uma mãe vai se preocupar com o filho para sempre, mas evidentemente, eles vão crescendo e a gente vai depositando mais confiança, deixando-os um pouco mais livres. Confesso que isso varia muito conforme a criança, e que aqui sempre tive tendência a confiar bastante no meu mais velho, que é muito centrado e responsável desde novinho. Esse ano ele vai sozinho para o seu primeiro acampamento de férias (meu coração deu uma acelerada ao escrever isso, mas consigo disfarçar na boa rs)
 
Paciência: hum, essa muda sim! Mas o meu caso, infelizmente ela andou diminuindo… E como digo para as amigas com filhos pequenos, agora meu cansaço não é mais físico, eu durmo bem e tenho meus momentos tranquilos, porém há uma exaustão mental no dia a dia nessa relação com os filhos: as cobranças: “Já escovou os dentes?” “Vamos, senão vão perder a aula!”. Tem também as brigas entre os irmãos que não são nada meigas (tem coisa mais difícil do que ser mãe juíza? “mãe, foi ele, mãe olha ele!”), e também os infinitos questionamentos e conflitos porque eles estão crescendo e tendem a rebater tudo o que falamos, procurar deixas, contestar, argumentar… Santa paciência, Batman rs!
 
Amor: esse não muda não, ou será que ele aumenta? Embora comecemos a enfrentar conflitos com aquele ser que até ontem era um bebê meigo, e hoje começa a ter suas próprias ideias e personalidades (que geralmente são bem diferentes das nossas), o fato de estar criando, educando e participando da formação de um novo ser humano é fantástica, a gente admira tanta coisa neles, tantos atributos que eles desenvolvem e a gente pensa: Uauuu, ele é demais! E mentalmente agradecemos constantemente a dádiva de tê-los conosco! As afinidades sempre aparecem e vamos fazendo de tudo para preservá-las com um tesouro, e nos encantamos quando além da relação de amor e cuidado de mãe, começa a brotar também uma relação de amizade e cumplicidade.
 
Não deixarei de encerrar com um velho clichezinho: como passou voando! E dizer que me sinto muito grata por ter aprendido tanto sobre ser mãe, nesses 10 anos, com um carinha tão especial, cheio de atributos e defeitos também (como eu, e como todos). Por outro lado, meu caçula, por exemplo, veio quase dois anos depois pra me mostrar que aquele manual que a gente escreve mentalmente para um filho, nunca serve para o outro. É isso, não sei bem como terminar esse post rs… Tenham um lindo e abençoado dia por aí! Por aqui, seguimos festejando!

Um comentário em “10 anos de maternidade: o que muda?

Deixe um comentário para Helena Sordili Cancelar resposta