Sobre a mãe perfeita que NÃO serei neste ano

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Quando nos tornamos mãe, esse substantivo já passa a ser nosso nome oficial, e quando além disso, você também escreve num “blog de mãe”, ele parece estar carimbado na testa com entrelinhas subentendidas: Você precisa ser uma mãe perfeita!  Este post já estava esboçado na minha mente, e depois que assisti a comédia BAD MOMs (Perfeita é a mãe!) no Netflix, tive a certeza de que precisava escrevê-lo!

Eu não fui uma mãe perfeita no último ano que passou, e possivelmente também não serei uma neste ano!

Provavelmente passarei momentos maravilhosos com meus filhos, momentos divertidos, momentos de emoção e aprendizagem, mas no instante seguinte haverá sempre aquela chance de baixar o Darth Vader, que vai mandá-los catar toda a bagunça no auge da diversão, vai chamar a atenção porque ouviu respostas mal educadas, ou porque não ouviu respostas (e certamente farei tudo isso gritando, sim… sorry!)

Por muitos dias deste 2017 serei uma mãe irada (espero!), maravilhosa, “da hora”. Vou fazer atividades, brincadeiras, jogos, experimentos, e com sorte irei ouvir bastante “mãe, você é demais!” E postaremos muitas fotos felizes, exatamente como estaremos nos sentindo naquele momento! Em outros dias, deixarei eles excederem o limite de tempo jogando vídeo game, simplesmente porque terei muitas coisas pra fazer (Ou até, pasmem! Porque esterei vendo coisas inúteis na internet), e me sentirei um pouco culpada por alguns minutos em alguns destes dias, em outros não…

Também haverão dias que irei decepcioná-los, que irei “cortar o barato” mesmo! Vou proibir, vou tirar coisas, vou dizer não não não, parem agora, ou “vocês não têm consideração”. “E certamente vou ouvir:  “mãe, você é chata” ou “mãe, você não gosta de mim”, aquelas frases que a gente ouve que parecem  indicar que estamos sendo “boas mães”. Também vou errar muito e cometer injustiças, defender o irmão errado no fim das brigas, porque, né?  Nem terei a imparcialidade da deusa Têmis, nem a sabedoria do rei Salomão…

O mito deste modelo materno da mãe perfeita, benevolente, roboticamente justo, doce e de voz amena parece já estar devidamente dissolvido por todos nós, mas o que ainda nos assombra é aquela culpazinha por ter tido um dia de péssima mãe, ou péssimo pai. Aquele diazinho que nos dedicamos à função só pela metade, ou até por bem menos, dias que parecemos estar lá do lado deles, mas na verdade não estamos…

Então sugiro a vocês: tendem diminuir essa culpa, e isso será libertador! Nesses últimos tempos, tenho conseguido diminuir esse assombro, e eles também parecem entender que essas oscilações fazem parte da rotina, e que por diversas vezes eu não vou ser a mãe que gostaria de ser naquele momento.

A busca pela perfeição é uma prisão sem fim, ainda mais hoje em dia com tantas cartilhas e métodos ditando regras para se criar filhos. Seja uma ótima mãe hoje, uma “mãe irada” de vez em quando, e se amanhã você estiver cansada, seja uma mãe mais ou menos! E daí? Todos sabem que não é um ofício fácil, nem assim tão gratificante assim quanto dizem as mensagens românticas. E tenho plena certeza que esses dias de “Bad moms” jamais arruinaram toda uma trajetória de amor e dedicação que temos para com eles, educando, cuidando, nos preocupando, orientando, acolhendo, ensinando e entregando o mais puro sentimento que existe dentro de nós.

Liberte-se deste mito, pois como eu já disse aqui diversas vezes, aquela foto da família linda e sorridente na rede social, foi precedida de uns berros porque um irmão não parava de beliscar o outro

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E claro, continuarei postando nossas brincadeiras, experimentos, e craftices para inspirar todos vocês a terem pequenos momentos maravilhosos em família, porque tenho certeza que serão estes que ficarão para sempre na memória. E também porque ser “mãe irada” às vezes é demais!

Um ótimo 2017 para todos!

Logo estamos de volta e enquanto isso, revejam nossas coletâneas de atividades e brincadeiras para as férias.

Ah, e assistam essa comédia Bad Moms no Netflix, não é uma super comédia, mas é divertida e bem identificável (existe essa palavra?).

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